01 junho, 2011

MATO GROSSO PODERÁ SER DIVIDIDO EM TRES ESTADOS

O assunto é recorrente, bem antigo, diga-se de passagem.  Caminha lentamente, mas caminha. A nova divisão de Mato Grosso voltou a ser tema  depois que a Câmara dos Deputados aprovou a realização de um plebiscito para a  população do Pará decidir se concorda com a criação de dois novos Estados: o do  Carajás e o do Tapajós. A mudança no mapa do Brasil não para por aí. O Congresso  tem propostas para criar 11 unidades da federação, entre Estados e territórios.  E, se forem aprovadas, o país passará de 26 para 33 Estados e criará quatro  territórios.Os projetos para a divisão de Mato Grosso são antigos. Vêem  junto com o que divisão o Estado em 1977 entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.  Há pelo menos três propostas, mas o que mais ganha força, até pelo aspecto  geográfico, é a proposta que cria Mato Grosso do Norte e o Estado do Araguaia.  Uma outra proposta prevê a criação no Araguaia de um Território Federal.A  tese da divisão tem forte viés emocional. Há anos que o Norte do Estado se  desenvolve pelas correntes migratórias do Sul e Sudeste do Brasil,  principalmente de colonos vindos do Norte do Paraná e do Rio Grande do Sul.  Formam outra cultura e se queixaram – e vez por outra se queixam – do abandono  político. Reclamam que produzem muito e recebem pouco em benefícios. Chegam a  dizer que são fomentadores da região política da Capital, cuja economia está  baseada no terceiro setor.Pelo projeto, o Mato Grosso do Norte ficaria com  as cidades de Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Boa Esperança do Norte,  Brasnorte, Carlinda, Castanheira, Cláudia, Colíder, Colniza, Cotriguaçú, Feliz  Natal, Guarantã do Norte, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Itaúba, Juara, Juína,  Juruena, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Matupá, Nova Bandeirantes, Nova Canaã  do Norte, Nova Guarita, Nova Maringá, Nova Monte Verde, Nova Mutum, Nova Santa  Helena, Nova Ubiratã, Novo Horizonte do Norte, Novo Mundo, Paranaíta, Peixoto de  Azevedo, Porto dos Gaúchos, Rondolândia, São José do Rio Claro, Santa Carmen,  Santa Rita do Trivelato, Sinop, Sorriso, Tabaporã, Tapurah, Terra Nova do Norte,  União do Sul e Vera, pertenceriam a Mato Grosso do Norte.A região do  Araguaia há dezenas de anos, por sua vez, está divorciada polticamente da  Capital. A região é inteiramente influenciada pelo Estado de Goiás, cuja  capital, Goiânia, está mais próximo que Cuiabá. Por lá, para se ter uma vaga  idéia, até o horário é regido pelo fuso-horário de Brasília – embora  oficialmente sejam obrigados a seguir o de Mato Grosso.Água Boa, Alto Boa  Vista, Araguaiana, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Campinápolis,  Canarana, Cana Brava do Norte, Cocalinho, Confresa, Gaúcha do Norte, General  Carneiro, Luciara, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo Santo Antônio, Novo São  Joaquim, Paranatinga, Pontal do Araguaia, Porto Alegre do Norte, Querência,  Ribeirão Cascalheira, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, Santo Antônio do  Leste, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, Serra Nova Dourada, Torixoréu e  Vila Rica, passariam a pertencer ao Estado do Araguaia.O restante dos  municípios, como a capital Cuiabá e os municípios que integram o chamado “Vale  do Cuiabá”, a região Sul do Estado, liderada pela terceira maior cidade,  Rondonópolis,  e o médio norte e Oeste seguiriam em  Mato Grosso.No mapa  desejado nos projetos em tramitação no Congresso Nacional, a região Norte  sofreria a maior mudança em sua geografia porque, além do desmembramento do  Pará, abrigaria os quatro territórios: Rio Negro, Solimões, Juruá e Oiapoque. No  Nordeste, são três ideias: o Estado do Maranhão do Sul, o da Gurgueia  (desmembramento do Piauí) e o do Rio São Francisco (separação de parte da  Bahia).Ao  analisar a questão, o geógrafo Gilberto Rocha explica que os  movimentos de criação de novos Estados estão ligados a grupos emergentes, que  reivindicam o controle desses territórios. “No Pará, há mobilização de poderes  locais que emergiram nos últimos 30 anos. São populações que emigraram do Brasil  inteiro” – frisou, em entrevista publicada pelo portal R7, da Rede Record.  Ele  ressalta que não é possível dizer que os movimentos sejam apenas da elite e que  não haja interesse da população e o desejo de autodeterminação.

2 comentários:

  1. na minha opinião mato grosso não deve ser dividido pois agora que ele esta se desenvolvendo
    todos municipios unidos
    eu sou contra

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  2. Sou a favor da divisão pois todos os recursos do mato grosso vão para o nortão (sinop e sorriso) e para região sul (rondonópolis e pedra preta) apenas migalhas.

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