Um batismo que mudou a história
Com cara de bravo, como a de um legítimo padre linha dura, Nilson Bueno, 46 anos, recebe a equipe de reportagem do Diário. Ele deixou o ministério há quase 18 anos, depois de três em exercício em uma paróquia rio-pretense. Lílian Roberta Ferreira, 39 anos, exerceu na vida do sacerdote o mesmo papel que ele tinha na vida de paroquianos: disponibilidade para ouvir. "Meu pai foi a pessoa que mais me apoiou quando decidi entrar para o seminário. Durante toda a minha caminhada de formação, esteve ao meu lado. Depois que fui ordenado, ele morreu. Então surgiu a Lílian que me dava apoio, pois me sentia muito sozinho", diz Bueno. Abandonar o ministério, para Bueno, no entanto, não foi um processo longo e acompanhado como o de Valle. Ele e a atual mulher envolveram-se quando ainda estava na paróquia. Desse envolvimento, Lílian ficou grávida. Bueno viu-se dividido entre a Senhora Romana e a mulher e o filho que estava por vir.
Com cara de bravo, como a de um legítimo padre linha dura, Nilson Bueno, 46 anos, recebe a equipe de reportagem do Diário. Ele deixou o ministério há quase 18 anos, depois de três em exercício em uma paróquia rio-pretense. Lílian Roberta Ferreira, 39 anos, exerceu na vida do sacerdote o mesmo papel que ele tinha na vida de paroquianos: disponibilidade para ouvir. "Meu pai foi a pessoa que mais me apoiou quando decidi entrar para o seminário. Durante toda a minha caminhada de formação, esteve ao meu lado. Depois que fui ordenado, ele morreu. Então surgiu a Lílian que me dava apoio, pois me sentia muito sozinho", diz Bueno. Abandonar o ministério, para Bueno, no entanto, não foi um processo longo e acompanhado como o de Valle. Ele e a atual mulher envolveram-se quando ainda estava na paróquia. Desse envolvimento, Lílian ficou grávida. Bueno viu-se dividido entre a Senhora Romana e a mulher e o filho que estava por vir.
"Disse ao bispo, na época, que faria o que ele mandasse. Então, me transferiram para uma paróquia no Mato Grosso", lembra o padre casado. Lílian permaneceu em Rio Preto. Depois de alguns meses, a celebração de um batismo mudou o rumo da história. "Um dia, eu fazia um batizado e disse para o pai da criança que ele teria de assumi-la e ser responsável por ela ao longo de toda a vida. Era incoerente. Eu não estava fazendo isso por meu filho. Em novembro de 1990 informei ao bispo que deixaria o ministério", lembra Bueno. O padre casado, no entanto, não pediu dispensa ao Vaticano. Bueno acredita que um dia a Igreja o aceitará de volta como sacerdote. "Eu tinha de dizer ao Vaticano que me ordenei sem consciência para ter a dispensa. Eu sabia o que queria quando decidi pelo sacerdócio, fiz uma escolha. Se a Igreja quiser determinar para mim qualquer trabalho, eu vou. Acredito que ela vai evoluir nesse sentido, tanto que não pedi a dispensa."
Publicado no Jornal Diário de São José do Rio Preto, 17 de fevereiro de 2008
Publicado no Jornal Diário de São José do Rio Preto, 17 de fevereiro de 2008
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